CAPITULO
Iº - A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
1.1-CRISE
DE JULHO
Em 28 de junho de 1914, Gavrilo Princip, um estudante sérvio-bósnio e membro da Jovem Bósnia, assassinou o herdeiro do trono Austro-Húngaro, o arquiduque Francisco Fernando da Áustria,
em Sarajevo, na Bósnia. Isto iniciou um mês de manobras
diplomáticas entre Áustria-Hungria, Alemanha, Rússia, França e Reino Unido, no
que ficou conhecido como a Crise de Julho.
Querendo finalmente acabar com a
interferência Sérvia na Bósnia — a Mão Negra tinha
fornecido bombas e pistolas, treinamento e ajuda a Princip e seu grupo para
atravessar a fronteira e os austríacos estavam corretos para acreditar que os
oficiais e funcionários sérvios estavam envolvidos — a Áustria-Hungria entregou o Ultimato de Julho para
a Sérvia, uma série de dez reivindicações criadas, intencionalmente, para serem
inaceitáveis, com a intenção de provocar uma guerra com a Sérvia.
Quando a Sérvia concordou com apenas oito das
dez reivindicações, a Áustria-Hungria declarou guerra ao país em 28 julho de 1914.
Hew Strachan argumenta que se uma
resposta equivocada e precipitada da Sérvia teria feito alguma diferença para o
comportamento da Áustria-Hungria é algo duvidoso. Francisco Fernando não era o
tipo de personalidade que comandava a popularidade e sua morte não lançou o
império em profundo luto.
O Império Russo, disposto a permitir
que a Áustria-Hungria eliminasse a sua influência nos
Balcãs e em
apoio aos seus sérvios protegidos de longa data, ordenou uma mobilização
parcial um dia depois.
O Império
Alemão mobilizou-se em 30 de julho de 1914, pronto para aplicar o "
Plano Schlieffen", que planejava uma invasão rápida e
massiva à França para eliminar o exército francês e, em seguida, virar a leste
contra a Rússia. O gabinete francês resistiu à pressão militar para iniciar a
mobilização imediata e ordenou que suas tropas recuassem 10 km da fronteira,
para evitar qualquer incidente. A França só se mobilizou na noite de 2 de
agosto, quando a Alemanha invadiu a Bélgica e atacou tropas francesas.
O Império Alemão declarou guerra à
Rússia no mesmo dia. O Reino
Unido declarou guerra à Alemanha em 4 de agosto de 1914, após uma resposta insatisfatória
para o ultimato britânico de que a Bélgica deveria ser mantida neutra.
1.2 - DECLARAÇÕES DE GUERRA
Após o assassinato do arquiduque Francisco Fernando em
28 de junho, o Império Austro-Húngaro esperou três semanas antes de decidir
tomar um curso de ação. Essa espera foi devida ao fato de que grande parte do
efetivo militar estava a ajudar a colheita, o que impossibilitava a ação
militar naquele período. Em 23 de julho, graças ao apoio incondicional alemão (carta branca) ao Império Austro-Húngaro se
a guerra eclodisse, o Ultimato
de julho foi mandado à Sérvia, e que continha várias requisições, entre elas a que
agentes austríacos fariam parte das investigações, e que a Sérvia seria a
culpada pelo atentado. O governo sérvio aceitou todos os termos do ultimato, com exceção da
participação de agentes austríacos, o que na opinião sérvia constituía uma
violação de sua soberania.
Por causa desse termo, rejeitado em resposta sérvia em
26 de julho, o Império Austro-Húngaro cortou todas as relações diplomáticas com
o país e declarou guerra ao mesmo em 28 de Julho, começando o bombardeio
a Belgrado (capital
sérvia) em 29 de julho. No dia seguinte, o Império
Russo, que sempre tinha sido aliado da Sérvia, deu a ordem
de locomoção a suas tropas.
O Império Alemão, que tinha garantido apoio ao Império
Austro-Húngaro no caso de uma eventual guerra mandaram um ultimato ao governo
do Império Russo para parar a mobilização de tropas dentro de 12 horas, no dia
31. No primeiro dia de agosto o ultimato tinha expirado sem qualquer reação
russa. A Alemanha então declarou-lhe guerra. Em 2 de agosto, a Alemanha
ocupou Luxemburgo,
como o passo inicial da invasão à Bélgica e
do Plano Schlieffen (estratégia de
defesa alemã que previa a invasão da França, Inglaterra e Rússia). A
Alemanha tinha enviado outro ultimato, desta vez à Bélgica, requisitando a
livre passagem do exército alemão rumo à França. Como tal pedido foi recusado,
foi declarada guerra à Bélgica.
Em 3 de agosto, a Alemanha declarou guerra à França, e
no dia seguinte invadiu a Bélgica. Tal ato, violando a soberania belga - que
Grã-Bretanha, França e a própria Alemanha estavam comprometidos a garantir fez
com que o Império Britânico saísse da sua
posição neutra e declarasse guerra à Alemanha em 4 de Agosto.
1.3 - CRIAÇÃO DAS
ALIANÇAS
Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e
militares desde o final do século XIX. Durante o conflito mundial estas
alianças permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por
Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha (a
Itália passou para a outra aliança em 1915).
Do outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de
França,
Rússia e Reino Unido.
De acordo com o planeamento
militar da Tríplice Aliança, essa primeira conquista era de fundamental
importância para que seus exércitos tivessem maior força contra os russos.
Inicialmente, os alemães conseguiram invadir o território francês e colocar
suas tropas nas ruas da cidade de Paris. Na porção oeste, o ataque russo
dispersou as tropas alemãs. Logo em seguida, a entrada da Inglaterra no
conflito salvou a França de uma rendição com a vitória na Batalha do Marne.
A deflagração de tais
resultados no conflito deu fim à guerra de movimento e trouxe maior equilíbrio
nas batalhas seguintes. A partir de 1915, a guerra entrou em uma nova fase
chamada “guerra de posições” ou “guerra de trincheiras”. O avanço militar dos
dois lados era limitado e cada vitória era obtida a enormes custos financeiros
e humanos. Exércitos inteiros se enfrentavam em trincheiras cheias de arame
farpado e lama, onde a propensão a epidemias e as baixas temperaturas promoviam
sua própria carnificina.
Somente a partir de 1917 que esse quadro
indefinido da Primeira Guerra ganhou novos contornos. O uso de tanques e aviões
possibilitou o fim da estagnação que marcou o período das trincheiras.
Entretanto, duas outras modificações políticas tiveram ainda maior importância
nos destinos do conflito: a saída da Rússia (que enfrentava o início de sua
revolução socialista); e a entrada dos Estados Unidos (que forneceram mais de
um milhão de soldados à Tríplice Entente).
O fôlego dado aos países aliados
foi suficientemente capaz de derrubar as nações da Tríplice Aliança e deixar os
alemães sem condições mínimas de reação. Na França, as tropas aliadas
conseguiram expulsar os alemães com uma vitória nos campos de batalha próximos
ao rio Marne. Logo em seguida, as forças italianas (que passaram para a Entente
em 1915) bateram os austríacos e a Inglaterra subjugou os inimigos
turco-otomanos.
1.4- FASES DA PRIMEIRA
GUERRA MUNDIAL
A primeira guerra mundial foi
caracterizada por uso de diversas artilharias, bem como determinadas posições,
o que levou de certa forma dividir a guerra em etapas ou fases, agora no que a
está guerra se refere houveram duas fases, abaixo descritas:
·
Guerra de Movimentos;
·
Guerra de Trincheiras;
1.4.1- GUERRA DE MOVIMENTOS
Está fase corresponde o
período que vai de o inicio da primeira grande guerra mundial até finais de
1914 – Os alemães começaram a luta com
um ataque à Bélgica, neutra, marchando depois rumo a Paris. O plano francês era
invadir Alsácia e Lorena e proteger a fronteira belga; os alemães atacaram
Liège.
Na batalha do Marne os
alemães foram derrotados pelo general Joffre, obrigando-os a retroceder para
Leste, depois de perderem milhares de soldados e armamentos. Essa batalha
salvou momentaneamente a França. Mas os alemães, não podendo levar avante a
investida inicial, firmaram-se no Nordeste da França, abrindo trincheiras, como
o fizeram também os franceses, os ingleses e os belgas.
1.4.2- GUERRA DE TRINCHEIRAS
De 1915-1917, abriram-se trincheiras
em toda a frente ocidental. O armamento e o aparelhamento aéreo despertaram um
novo surto industrial acelerado. Novas armas apareceram. Em 1916, os alemães
atacaram Verdun, defendida pelo general Pétain. Foi um insucesso dos alemães.
Morreram cerca de 600 mil homens. Na batalha naval da Jutlândia, os ingleses
foram os vencedores.
Refira que
em alguns casos nos depararemos com uma classificação um pouco diferente da que
apresentamos neste trabalho, ou seja, é também classificada a primeira guerra
em três fases: guerra de movimento, guerra de trincheiras e o retorno da guerra
de movimentos, esta última que corresponde ao período que vai desde final de
1917 até 1918, ano em que está guerra viria a terminar.
1.5- FIM DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
A partir de 1917, a situação começou a
alterar-se, quer com a entrada em cena de novos meios, como o
carro de combate e
aviação militar, quer com
a chegada ao teatro de operações europeu das forças estadunidenses ou a
substituição de comandantes por outros com nova visão da guerra e das tácticas
e estratégias mais adequadas; lançam-se, de um lado e de outro, grandes
ofensivas, que causam profundas alterações no desenho da frente, acabando por
colocar as tropas alemãs na defensiva e levando por fim à sua derrota.
É verdade que a Alemanha adquire ainda
algum fôlego quando a revolução estala no
Império Russo e
o governo
bolchevista, chefiado por
Lênine, prontamente assina a paz sem condições, (
Tratado de Brest-Litovski)
assim anulando a frente leste, mas essa circunstância não será suficiente para
evitar a derrota. O
armistício que pôs fim à guerra foi assinado a 11
de novembro de 1918.
1.6- CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA
Países como a Bélgica e
a Sérvia passaram
por destruições severas, assim como a França,
que perdeu 1,4 milhão de soldados, sem contar as vítimas civis. A Alemanha
e Rússia foram igualmente afetadas.
A guerra teve consequências econômicas profundas. Dos
60 milhões de soldados europeus que foram mobilizados entre os anos de 1914 e
1918, 8 milhões foram mortos, 7 milhões foram incapacitados de maneira
permanente e 15 milhões ficaram gravemente feridos. A Alemanha perdeu 15,1% de
sua população masculina ativa, a Áustria-Hungria perdeu 17,1% e a França perdeu
10,5%.
Na Alemanha, as mortes de civis foram
474 mil superiores do que em tempo de paz, em grande parte devido à escassez de
alimentos e desnutrição que enfraqueceu a resistência à doenças. Até o
final da guerra, a fome matou cerca de 100 mil pessoas no
Líbano. As estimativas mais confiáveis sobre o número de
vítimas da
fome russa de 1921,
apontam a morte de entre 5 e 10 milhões de pessoas.
Por volta de 1922, havia entre 4,5
milhões e 7 milhões de crianças de rua na Rússia, como resultado de quase uma
década de devastações causadas pela Primeira Guerra Mundial, pela
Guerra Civil Russa e
pela crise de fome subsequente, entre 1920 e 1922. Muitos russos
anti-soviéticos fugiram do país após a
Revolução Russa de 1917;
na década 1930, a cidade chinesa de
Harbin,
no norte do país, recebeu 100 mil russos.
35 Outros milhares emigraram para a
França,
Reino Unido e
Estados Unidos
1.7- TRATADO DE VERSALHES
O
Tratado de
Versalhes (
1919)
foi um tratado de paz assinado pelas potências
europeias que encerrou oficialmente a
Primeira Guerra Mundial.
Após seis meses de negociações, em
Paris,
o tratado foi assinado como uma continuação do
armistício de Novembro de
1918,
em
Compiègne, que tinha posto um fim aos confrontos.
1 O
principal ponto do tratado determinava que a
Alemanha aceitasse todas as responsabilidades
por causar a
guerra e que, sob os termos dos artigos
231-247, fizesse reparações a um certo número de nações da
Tríplice Entente.
Os termos impostos à Alemanha incluíam
a perda de uma parte de seu território para um número de nações fronteiriças,
de todas as colônias sobre os
oceanos e sobre o
continente africano, uma restrição ao tamanho do
exército e uma
indenização pelos prejuízos causados durante a guerra. A República de Weimar
também aceitou reconhecer a independência da
Áustria. O ministro alemão do exterior, Hermann Müller,
assinou o tratado em
28 de Junho de
1919.
1 O
tratado foi ratificado pela
Liga das Nações em
10 de Janeiro de
1920.
Na
Alemanha o tratado causou choque e humilhação
na população, o que contribuiu para a queda da República de Weimar em
1933 e a ascensão do
Nazismo.
No tratado foi criada uma comissão
para determinar a dimensão precisa das reparações que a Alemanha tinha de
pagar. Em
1921, este valor foi oficialmente fixado em 33 milhões de
dólares. Os encargos a comportar com este pagamento são frequentemente citados
como a principal causa do fim da República de Weimar e a subida ao poder de
Adolf Hitler, o que inevitavelmente levou à eclosão da
Segunda Guerra Mundial apenas 20 anos depois da assinatura do
Tratado de Versalhes.
CAPITULO IIº- SEGUNDA
GUERRA MUNDIAL
A segunda guerra mundial é o
segundo conflito global, que durou de 1939 a 1945, envolvendo a maioria das
nações do mundo, incluindo as grandes potencias, organizados em duas alianças
militares opostas: os Aliados e o Eixo.
Foi a guerra mais abrangente da história, com mais de 100 milhões de
militares mobilizados. Em esta de guerra total, os principais envolvidos
dedicaram toda sua capacidade económica, industrial e cientifica a serviço dos
esforços de guerra, deixando de lado a distinção entre civis e militares.
Marcado por números
significantes de ataques contra civis, incluindo o Holocausto e a única vez em
que armas nucleares foram utilizadas em combate, foi o conflito mais letal da
história da humanidade, resultando entre 50 a mais de 70 milhões de mortes.
Considera-se o ponto inicial da guerra como sendo a
invasão da Alemanha contra a Polonia, em 1 de Setembro de 1939 e subsequentes
declarações de guerra contra a Alemanha pela França pela França e pela maioria
dos países do Imperio Britânico. Alguns países já estavam em guerra nesta
época, como Etiópia e o Reino de Italia na segunda guerra. Muitos dos que não
se envolveram inicialmente acabaram aderindo ao conflito em resposta a eventos
como a invasão da União Soviética pelos alemães e os ataques japoneses contra
as forças dos Estados Unidos.
2.1 ANTECEDENTES
Embora a Itália como aliado
Entente tenha feito alguns ganhos
territoriais, os nacionalistas do país ficaram irritados com as
promessas feitas pelo Reino Unido e França para
garantir a entrada italiana na guerra, que não foram cumpridas com o acordo de
paz.
De 1922 a 1925, o
movimento fascista, liderado por
Benito Mussolini, tomou o poder na Itália com uma agenda
nacionalista,
totalitária e de
colaboração de classes, que aboliu a
democracia representativa,
reprimiu os
socialistas, a esquerda e as forças
liberais, e seguiu uma política externa agressiva destinada a
forjar, através da força, o país como uma
potência mundial — um
Novo Império Romano.
Adolf Hitler, depois de uma
tentativa fracassada de derrubar o
governo alemão em
1923, tornou-se o chanceler da Alemanha em 1933. Ele aboliu a
democracia, defendendo uma
revisão radical e racista da ordem
mundial, e logo começou uma campanha de rearmamento massivo do país.
Enquanto isso, a França, para
assegurar a sua aliança, permitiu que a Itália agisse livremente na
Etiópia, país que o governo italiano desejava como uma posse
colonial. A situação se agravou no início de 1935, quando o
Território da Bacia do Sarre foi legalmente anexado à Alemanha e
Hitler repudiou o Tratado de Versalhes, acelerando seu programa de rearmamento
e
recrutamento.
2.1- GLOBALIZAÇÃO DA GUERRA
Em 22 de junho de 1941, a Alemanha,
juntamente com outros membros europeus do Eixo e a
Finlândia, invadiu a União Soviética na chamada
Operação Barbarossa. Os
principais alvos dessa ofensiva surpresa
foram
a região do
Mar Báltico,
Moscou e
Ucrânia, com o objetivo final de acabar com a campanha de 1941
perto da linha de Arkhangelsk-Astrakhan (linha A-A), que ligava os mares
Cáspio e
Branco. O objetivo de Hitler era eliminar a União Soviética
como uma potência militar, exterminar o
comunismo, gerar o
Lebensraum ("espaço
vital")
através da
remoção da população nativa117 e
garantir o acesso aos recursos estratégicos necessários para derrotar os rivais
restantes da Alemanha.
Embora o
Exército Vermelho estivesse se preparando para contra-ofensivas
estratégicas antes da guerra, a
Barbarossa
forçou o
comando
supremo soviético a
adotar uma defesa estratégica. Durante o verão, o Eixo conquistou partes
significativas do território soviético, causando imensos prejuízos, tanto
material quanto em vidas.
O desvio de três quartos das tropas do
Eixo e da maioria dos suas forças aéreas da França e do Mediterrâneo central
para a
Frente Oriental levou o
Reino Unido a
reconsiderar a sua grande estratégia. Em julho, o Reino Unido e a União
Soviética formaram uma aliança militar contra a Alemanha.
Os britânicos e os soviéticos
invadiram o Irã para garantir o
Corredor Persa e
os
campos de petróleo iranianos.
Em agosto, o Reino Unido e os Estados
Unidos emitiram em conjunto a
Carta do Atlântico.
2.2-PARALISAÇÃO DOS AVANÇOS DO EIXO
No início de maio de 1942, o Japão
iniciou as operações para capturar
Port Moresby através
de
desembarques militares e, assim, cortar as comunicações e
linhas de abastecimento entre os Estados Unidos e a Austrália. Os Aliados, no
entanto, impediram a invasão ao interceptar e derrotar as forças navais
japonesas na
Batalha do Mar de Coral. O
próximo plano do Japão, motivado pelo
Ataque Doolittle, era conquistar o
Atol Midway e
atrair companhias norte-americanas para a batalha para serem eliminadas; como
uma distração, o governo japonês também enviou forças para
ocupar as Ilhas Aleutas,
no
Alasca.
No início de junho, o Império Japonês
colocou suas operações em ação, mas os norte-americanos, por terem decifrado os
códigos navais japoneses no final de maio, estavam plenamente
conscientes desses planos e disposições de força e usaram esse conhecimento
para alcançar uma
vitória decisiva em Midway sobre
a
Marinha Imperial Japonesa.
Com a sua capacidade de ação agressiva
consideravelmente diminuída após a Batalha de Midway, o Japão optou por se
concentrar em uma tentativa tardia de capturar Port Moresby por
uma campanha terrestre no
Território de Papua.
Os americanos planejaram um
contra-ataque contra as posições japonesas no sul das
Ilhas Salomão, principalmente em
Guadalcanal, como um
primeiro passo para a captura de
Rabaul,
a principal base japonesa no
Sudeste Asiático.
Ambos os planos começaram em julho,
mas em meados de setembro, a
Batalha de Guadalcanal teve prioridade para os japoneses e as
tropas da Nova Guiné foram obrigadas a retirar-se da área de Port Moresby para
a
parte norte da ilha, onde
enfrentaram tropas australianas em norte-americanas na
Batalha de Buna-Gona.
Guadal canal logo tornou-se um ponto focal para ambos os lados, com o
comparecimento pesado de tropas e navios nessa batalha. Até o início de 1943,
os japoneses iriam ser derrotados na ilha e
retirariam suas tropas.
2.3 - ALIADOS GANHAM IMPULSO
Na União Soviética, tanto os alemães
quanto os soviéticos passaram a primavera e o início do verão de 1943 fazendo
preparativos para grandes ofensivas na Rússia central. Em 4 de julho de 1943, a
Alemanha
atacou as forças soviéticas ao redor de Kursk. Dentro de uma
semana, as forças alemãs tinham se esgotado na luta contra as defesas profundamente
escalonadas e bem construídas dos soviéticos
e,
pela primeira vez na guerra, Hitler cancelou a operação antes de ter alcançado
o sucesso tático ou operacional.
Esta
decisão foi parcialmente afetada pela
invasão dos aliados ocidentais à
Sicília, lançada em 9 de julho e que, combinada com falhas
anteriores dos italianos, resultou na destituição e na prisão de Mussolini no
final daquele mês.
Em 12 de julho de 1943, os soviéticos
lançaram suas próprias contra-ofensivas, afastando assim qualquer esperança de
vitória, ou até mesmo empate, para o exército alemão no leste.
A vitória soviética em Kursk anunciou
a queda de superioridade alemã, dando à União Soviética a iniciativa na Frente
Oriental.
Os alemães tentaram
estabilizar sua frente nordeste ao longo da apressadamente fortificada linha
Panther Wotan, no entanto, os soviéticos a romperam em
Smolensk e na
ofensiva de
Dnieper.
No início de setembro de 1943, os
Aliados ocidentais
invadiram a península itálica,
após um
armistício com os italianos.
A Alemanha respondeu ao desarmar as
forças italianas, tomar o controle militar das áreas até então controladas pela
Itália
e ao criar uma série de
linhas defensivas.
As forças
especiais alemãs
resgataram Mussolini, que
logo em seguida estabeleceu um novo Estado fantoche na Itália ocupada pelos
alemães chamado de
República Social Italiana.
Os Aliados ocidentais lutaram por várias frentes até chegar à principal linha
defensiva alemã, em meados de novembro.
As operações alemãs no Atlântico
também sofreram. Em maio de 1943 (
Maio Negro), conforme contra-ofensivas aliadas se tornavam
cada vez mais eficazes, as consideráveis perdas resultantes de submarinos
alemães forçaram a suspensão temporária da campanha naval alemã no Atlântico.
Em novembro de 1943,
Franklin D. Roosevelt e
Winston Churchill se
encontraram com
Chiang Kai-shek no Cairo e, depois, com
Joseph Stalin em Teerã.
A primeira conferência determinou o
recuo do território japonês no pós-guerra,
enquanto
a última incluía um acordo de que os Aliados ocidentais invadiriam a Europa em
1944 e de que a União Soviética iria declarar guerra ao Japão dentro de três
meses após a derrota da Alemanha.
A
inteligência alemã pôs em prática a malsucedida
Operação Long Jump, cujo
objetivo era capturar (ou assassinar) os líderes reunidos em Teerã.
No final de maio de 1944, os
soviéticos tinham libertado a Crimeia, expulsado a maior parte das forças do
Eixo da Ucrânia e feito incursões na Romênia, que foram repelidas pelas tropas
do Eixo.
207 As
ofensivas Aliadas na Itália tinha tido sucesso e, às custas de permitir o recuo
de várias divisões alemãs, em 4 de junho
Roma foi capturada.
Os Aliados experimentaram sortes
diferentes na Ásia continental. Em março de 1944, os japoneses lançaram a
primeira de duas invasões: uma operação contra as posições britânicas em
Assam,
na
Índia,
e logo cercaram as posições da
Commonwealth
em
Imphal e
Kohima.
Em maio de 1944, as forças britânicas
montaram uma contra-ofensiva que levou as tropas japonesas de volta para a
Birmâniae as forças chinesas que invadiram o norte da Birmânia no final de 1943
sitiaram as tropas japonesas em
Myitkyina. A
segunda invasão japonesa tentou destruir as principais forças
de combate da China, proteger as ferrovias entre os territórios ocupados e os
aeroportos Aliados capturados pelo Japão. Em junho, os japoneses tinham
conquistado a província de
Henan e começaram um ataque renovado contra
Changsha, na província de
Hunan.
2.4-COLAPSO DO EIXO E VITÓRIA DOS ALIADOS
Em 16 de Dezembro de 1944, a Alemanha
tentou sua última e desesperada medida para obter sucesso na
Frente Ocidental,
usando a maior parte das suas reservas restantes para lançar uma
grande contra-ofensiva nas Ardenas para tentar dividir os Aliados
ocidentais, cercar grandes porções de tropas aliadas e tomar a sua porta de
alimentação primária na
Antuérpia, com o objetivo de levar a uma solução política.
Em Janeiro, a ofensiva tinha sido
repelida sem cumprir os seus objetivos estratégicos.
Na Itália, os Aliados ocidentais
ficaram num impasse na linha defensiva alemã. Em meados de janeiro de 1945, os
soviéticos atacaram na Polônia,
movendo-se do Vístula ao rio Oder,
na Alemanha, e invadiram a
Prússia Oriental. Em 4 de
fevereiro, os líderes norte-americanos, britânicos e soviéticos se encontraram
na
Conferência de Yalta. Eles
concordaram com a
ocupação da
Alemanha no pós-guerra e
sobre quando a União Soviética iria se juntar à guerra contra o Japão.
Em Fevereiro, os soviéticos invadiram
a
Silésia e a
Pomerânia, enquanto Aliados
ocidentais entraram na
Alemanha Ocidental e aproximaram-se do
rio Reno. Em março, os Aliados ocidentais atravessaram o norte
do Reno e o
sul do
Ruhr, cercando o
Grupo de Exércitos B alemão, enquanto os soviéticos
avançaram para
Viena.
No início de abril, os Aliados ocidentais finalmente avançaram na Itália e atravessaram
a Alemanha Ocidental, enquanto as forças soviéticas
invadiram Berlim no
final de abril; as duas forças encontraram-se no
rio Elba em 25
de abril. Em 30 de abril de 1945, o
Reichstag foi capturado, simbolizando a derrota
militar do
Terceiro Reich.
Em maio de 1945, tropas
australianas aterraram em
Bornéu. Forças britânicas, estadunidenses e chinesas derrotaram os
japoneses no norte da
Birmânia em
março e os britânicos chegaram a
Yangon em 3 de maio.
Forças estadunidenses também chegam ao
Japão, tomando
Iwo Jima em
março e
Okinawa até o
final de junho.
Bombardeiros
estadunidenses destroem as cidades japonesas e submarinos bloqueiam as
importações do país.
2.5- CONSEQUÊNCIAS DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Os Aliados estabeleceram
administrações de ocupação na
Áustria e na
Alemanha.
O primeiro se tornou um
estado neutro, não alinhado com qualquer bloco político. O
último foi dividido em zonas de ocupação ocidentais e orientais controlada
pelos
Aliados Ocidentais e pela
União Soviética,
respectivamente. Um programa de "
desnazificação" da Alemanha levou à
condenação de criminosos de guerra
nazistas e à remoção
de ex-nazistas do poder, ainda que esta política tenha-se alterado para a
anistia e a
reintegração dos ex-nazistas na sociedade da
Alemanha Ocidental.
A Alemanha perdeu um quarto dos seus
territórios pré-guerra (1937); os territórios orientais:
Silésia,
Neumark e a maior parte da
Pomerânia foram
assumidos pela
Polônia; a
Prússia Oriental foi dividida entre a Polônia e a URSS,
seguida pela
expulsão de 9 milhões de alemães dessas províncias, bem como
de 3 milhões de alemães dos
Sudetos, na
Tchecoslováquia, para a Alemanha. Na década de 1950, um em
cada cinco habitantes da Alemanha Ocidental era um refugiado do leste. A URSS
também assumiu as províncias polonesas a leste da
linha Curzon (das
quais 2 milhões de poloneses foram expulsos),
leste
da
Romênia,
e parte
do leste da
Finlândia e três
países Bálticos.
Em um esforço para manter a paz,
os
Aliados formaram a
Organização das Nações Unidas (ONU), que oficialmente passou a
existir em 24 de outubro de 1945,
e
aprovaram a
Declaração
Universal dos Direitos Humanos em
1948, como um padrão comum para todos os
Estados-membro. A
aliança entre os Aliados Ocidentais e a
União Soviética havia começado a deteriorar-se ainda
antes da guerra,
a Alemanha havia
sido dividida
de facto
e dois Estados independentes, a
República Federal da Alemanha e a
República Democrática Alemã,
foram criados dentro das fronteiras
das zonas de ocupação dos Aliados e dos Soviéticos, respectivamente. O resto da
Europa também foi dividido em
esferas de influência ocidentais e soviéticas.
A maioria dos países europeus
orientais e
centrais ficaram
sob a esfera soviética, o que levou à criação de regimes
comunistas, com o apoio total ou parcial das autoridades
soviéticas de ocupação
A
economia mundial sofreu
muito com a guerra, embora os participantes da Segunda Guerra Mundial tenham
sido afetados de forma diferente. Os
Estados Unidos emergiram
muito mais ricos do que qualquer outra nação; no país aconteceu o "
baby boom" e em 1950 seu
produto interno bruto (PIB)
per capita era
maior do que o de qualquer outra potência e isso levou-o a dominar a economia
mundial.
O
Reino Unido e os
Estados Unidos implementaram uma política de desarmamento industrial na
Alemanha Ocidental entre os anos de 1945 e 1948.
Devido à interdependência do comércio
internacional, este levou à estagnação da economia europeia e o atraso, em
vários anos, da recuperação do continente.
A recuperação começou com a
reforma monetária de meados de 1948 na Alemanha Ocidental e foi acelerada pela liberalização da
política econômica europeia, que o
Plano Marshall (1948-1951)
causou tanto direta quanto indiretamente. A recuperação pós-1948 da Alemanha
Ocidental foi chamada de
milagre econômico alemão. Além disso, as economias italiana
e francesa também se recuperaram. Em
contrapartida, o Reino Unido estava em um estado de ruína econômica
e entrou em um relativo declínio
econômico contínuo ao longo de décadas.