CAPITULO
Iº - A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
A Áustria-Hungria precipitou
a crise
bósnia de 1908-1909 por anexar oficialmente o antigo
território otomano da Bósnia
e Herzegovina, que ocupava desde 1878. Isto irritou
o Reino
da Sérvia e seu patrono, o pan-eslavo e ortodoxo Império Russo. A manobra
política russa na região desestabilizou os acordos de paz, que já estavam
enfraquecidos, no que ficou conhecido como "o barril de pólvora da
Europa".
Em 1912 e 1913,
a Primeira Guerra Balcânica foi travada
entre a Liga
Balcânica e o fragmentado Império Otomano. O Tratado de Londres resultante
ainda encolheu o Império Otomano, com a criação de um Estado independente albanês, enquanto ampliou as
explorações territoriais da Bulgária, Sérvia, Montenegro e Grécia. Quando a Bulgária
atacou a Sérvia e a Grécia em 16 de junho de 1913, ela perdeu a maior parte
da Macedônia à Sérvia e Grécia e Dobruja do Sul para a Romênia durante a Segunda Guerra Balcânica, desestabilizando
ainda mais a região.
1.1-CRISE
DE JULHO
Em 28 de junho de 1914, Gavrilo Princip, um estudante sérvio-bósnio e membro da Jovem Bósnia, assassinou o herdeiro do trono Austro-Húngaro, o arquiduque Francisco Fernando da Áustria,
em Sarajevo, na Bósnia. Isto iniciou um mês de manobras
diplomáticas entre Áustria-Hungria, Alemanha, Rússia, França e Reino Unido, no
que ficou conhecido como a Crise de Julho.
Querendo finalmente acabar com a
interferência Sérvia na Bósnia — a Mão Negra tinha
fornecido bombas e pistolas, treinamento e ajuda a Princip e seu grupo para
atravessar a fronteira e os austríacos estavam corretos para acreditar que os
oficiais e funcionários sérvios estavam envolvidos — a Áustria-Hungria entregou o Ultimato de Julho para
a Sérvia, uma série de dez reivindicações criadas, intencionalmente, para serem
inaceitáveis, com a intenção de provocar uma guerra com a Sérvia.
Quando a Sérvia concordou com apenas oito das
dez reivindicações, a Áustria-Hungria declarou guerra ao país em 28 julho de 1914.
Hew Strachan argumenta que se uma
resposta equivocada e precipitada da Sérvia teria feito alguma diferença para o
comportamento da Áustria-Hungria é algo duvidoso. Francisco Fernando não era o
tipo de personalidade que comandava a popularidade e sua morte não lançou o
império em profundo luto.
O Império Russo, disposto a permitir
que a Áustria-Hungria eliminasse a sua influência nos Balcãs e em
apoio aos seus sérvios protegidos de longa data, ordenou uma mobilização
parcial um dia depois. O Império
Alemão mobilizou-se em 30 de julho de 1914, pronto para aplicar o "Plano Schlieffen", que planejava uma invasão rápida e
massiva à França para eliminar o exército francês e, em seguida, virar a leste
contra a Rússia. O gabinete francês resistiu à pressão militar para iniciar a
mobilização imediata e ordenou que suas tropas recuassem 10 km da fronteira,
para evitar qualquer incidente. A França só se mobilizou na noite de 2 de
agosto, quando a Alemanha invadiu a Bélgica e atacou tropas francesas.
O Império Alemão declarou guerra à
Rússia no mesmo dia. O Reino
Unido declarou guerra à Alemanha em 4 de agosto de 1914, após uma resposta insatisfatória
para o ultimato britânico de que a Bélgica deveria ser mantida neutra.
1.2 - DECLARAÇÕES DE GUERRA
Após o assassinato do arquiduque Francisco Fernando em
28 de junho, o Império Austro-Húngaro esperou três semanas antes de decidir
tomar um curso de ação. Essa espera foi devida ao fato de que grande parte do
efetivo militar estava a ajudar a colheita, o que impossibilitava a ação
militar naquele período. Em 23 de julho, graças ao apoio incondicional alemão (carta branca) ao Império Austro-Húngaro se
a guerra eclodisse, o Ultimato
de julho foi mandado à Sérvia, e que continha várias requisições, entre elas a que
agentes austríacos fariam parte das investigações, e que a Sérvia seria a
culpada pelo atentado. O governo sérvio aceitou todos os termos do ultimato, com exceção da
participação de agentes austríacos, o que na opinião sérvia constituía uma
violação de sua soberania.
Por causa desse termo, rejeitado em resposta sérvia em
26 de julho, o Império Austro-Húngaro cortou todas as relações diplomáticas com
o país e declarou guerra ao mesmo em 28 de Julho, começando o bombardeio
a Belgrado (capital
sérvia) em 29 de julho. No dia seguinte, o Império
Russo, que sempre tinha sido aliado da Sérvia, deu a ordem
de locomoção a suas tropas.
O Império Alemão, que tinha garantido apoio ao Império
Austro-Húngaro no caso de uma eventual guerra mandaram um ultimato ao governo
do Império Russo para parar a mobilização de tropas dentro de 12 horas, no dia
31. No primeiro dia de agosto o ultimato tinha expirado sem qualquer reação
russa. A Alemanha então declarou-lhe guerra. Em 2 de agosto, a Alemanha
ocupou Luxemburgo,
como o passo inicial da invasão à Bélgica e
do Plano Schlieffen (estratégia de
defesa alemã que previa a invasão da França, Inglaterra e Rússia). A
Alemanha tinha enviado outro ultimato, desta vez à Bélgica, requisitando a
livre passagem do exército alemão rumo à França. Como tal pedido foi recusado,
foi declarada guerra à Bélgica.
Em 3 de agosto, a Alemanha declarou guerra à França, e
no dia seguinte invadiu a Bélgica. Tal ato, violando a soberania belga - que
Grã-Bretanha, França e a própria Alemanha estavam comprometidos a garantir fez
com que o Império Britânico saísse da sua
posição neutra e declarasse guerra à Alemanha em 4 de Agosto.
1.3 - CRIAÇÃO DAS
ALIANÇAS
Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e
militares desde o final do século XIX. Durante o conflito mundial estas
alianças permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por
Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha (a Itália passou para a outra aliança em 1915).
Do outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de França,
Rússia e Reino Unido.
De acordo com o planeamento
militar da Tríplice Aliança, essa primeira conquista era de fundamental
importância para que seus exércitos tivessem maior força contra os russos.
Inicialmente, os alemães conseguiram invadir o território francês e colocar
suas tropas nas ruas da cidade de Paris. Na porção oeste, o ataque russo
dispersou as tropas alemãs. Logo em seguida, a entrada da Inglaterra no
conflito salvou a França de uma rendição com a vitória na Batalha do Marne.
A deflagração de tais resultados no conflito deu fim à guerra de movimento e trouxe maior equilíbrio nas batalhas seguintes. A partir de 1915, a guerra entrou em uma nova fase chamada “guerra de posições” ou “guerra de trincheiras”. O avanço militar dos dois lados era limitado e cada vitória era obtida a enormes custos financeiros e humanos. Exércitos inteiros se enfrentavam em trincheiras cheias de arame farpado e lama, onde a propensão a epidemias e as baixas temperaturas promoviam sua própria carnificina.
Somente a partir de 1917 que esse quadro indefinido da Primeira Guerra ganhou novos contornos. O uso de tanques e aviões possibilitou o fim da estagnação que marcou o período das trincheiras. Entretanto, duas outras modificações políticas tiveram ainda maior importância nos destinos do conflito: a saída da Rússia (que enfrentava o início de sua revolução socialista); e a entrada dos Estados Unidos (que forneceram mais de um milhão de soldados à Tríplice Entente).
O fôlego dado aos países aliados foi suficientemente capaz de derrubar as nações da Tríplice Aliança e deixar os alemães sem condições mínimas de reação. Na França, as tropas aliadas conseguiram expulsar os alemães com uma vitória nos campos de batalha próximos ao rio Marne. Logo em seguida, as forças italianas (que passaram para a Entente em 1915) bateram os austríacos e a Inglaterra subjugou os inimigos turco-otomanos.
A deflagração de tais resultados no conflito deu fim à guerra de movimento e trouxe maior equilíbrio nas batalhas seguintes. A partir de 1915, a guerra entrou em uma nova fase chamada “guerra de posições” ou “guerra de trincheiras”. O avanço militar dos dois lados era limitado e cada vitória era obtida a enormes custos financeiros e humanos. Exércitos inteiros se enfrentavam em trincheiras cheias de arame farpado e lama, onde a propensão a epidemias e as baixas temperaturas promoviam sua própria carnificina.
Somente a partir de 1917 que esse quadro indefinido da Primeira Guerra ganhou novos contornos. O uso de tanques e aviões possibilitou o fim da estagnação que marcou o período das trincheiras. Entretanto, duas outras modificações políticas tiveram ainda maior importância nos destinos do conflito: a saída da Rússia (que enfrentava o início de sua revolução socialista); e a entrada dos Estados Unidos (que forneceram mais de um milhão de soldados à Tríplice Entente).
O fôlego dado aos países aliados foi suficientemente capaz de derrubar as nações da Tríplice Aliança e deixar os alemães sem condições mínimas de reação. Na França, as tropas aliadas conseguiram expulsar os alemães com uma vitória nos campos de batalha próximos ao rio Marne. Logo em seguida, as forças italianas (que passaram para a Entente em 1915) bateram os austríacos e a Inglaterra subjugou os inimigos turco-otomanos.
1.4- FASES DA PRIMEIRA
GUERRA MUNDIAL
A primeira guerra mundial foi
caracterizada por uso de diversas artilharias, bem como determinadas posições,
o que levou de certa forma dividir a guerra em etapas ou fases, agora no que a
está guerra se refere houveram duas fases, abaixo descritas:
·
Guerra de Movimentos;
·
Guerra de Trincheiras;
1.4.1- GUERRA DE MOVIMENTOS
Está fase corresponde o
período que vai de o inicio da primeira grande guerra mundial até finais de
1914 – Os alemães começaram a luta com
um ataque à Bélgica, neutra, marchando depois rumo a Paris. O plano francês era
invadir Alsácia e Lorena e proteger a fronteira belga; os alemães atacaram
Liège.
Na batalha do Marne os
alemães foram derrotados pelo general Joffre, obrigando-os a retroceder para
Leste, depois de perderem milhares de soldados e armamentos. Essa batalha
salvou momentaneamente a França. Mas os alemães, não podendo levar avante a
investida inicial, firmaram-se no Nordeste da França, abrindo trincheiras, como
o fizeram também os franceses, os ingleses e os belgas.
1.4.2- GUERRA DE TRINCHEIRAS
De 1915-1917, abriram-se trincheiras em toda a frente ocidental. O armamento e o aparelhamento aéreo despertaram um novo surto industrial acelerado. Novas armas apareceram. Em 1916, os alemães atacaram Verdun, defendida pelo general Pétain. Foi um insucesso dos alemães. Morreram cerca de 600 mil homens. Na batalha naval da Jutlândia, os ingleses foram os vencedores.
Refira que
em alguns casos nos depararemos com uma classificação um pouco diferente da que
apresentamos neste trabalho, ou seja, é também classificada a primeira guerra
em três fases: guerra de movimento, guerra de trincheiras e o retorno da guerra
de movimentos, esta última que corresponde ao período que vai desde final de
1917 até 1918, ano em que está guerra viria a terminar.
1.5- FIM DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
A partir de 1917, a situação começou a
alterar-se, quer com a entrada em cena de novos meios, como o carro de combate e
aviação militar, quer com
a chegada ao teatro de operações europeu das forças estadunidenses ou a
substituição de comandantes por outros com nova visão da guerra e das tácticas
e estratégias mais adequadas; lançam-se, de um lado e de outro, grandes
ofensivas, que causam profundas alterações no desenho da frente, acabando por
colocar as tropas alemãs na defensiva e levando por fim à sua derrota.
É verdade que a Alemanha adquire ainda
algum fôlego quando a revolução estala no Império Russo e
o governo bolchevista, chefiado por Lênine, prontamente assina a paz sem condições, (Tratado de Brest-Litovski)
assim anulando a frente leste, mas essa circunstância não será suficiente para
evitar a derrota. O armistício que pôs fim à guerra foi assinado a 11
de novembro de 1918.
1.6- CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA
Nenhuma outra guerra mudou o mapa da Europa de forma tão dramática. Quatro impérios
desapareceram após o fim do conflito: oAlemão, o Austro-Húngaro, o Otomano e
o Russo. Quatro
dinastias, juntamente com as aristocracias que
as apoiavam, caíram após a guerra: os Hohenzollern, os Habsburgos, osRomanov e
os Otomanos.
Países como a Bélgica e
a Sérvia passaram
por destruições severas, assim como a França,
que perdeu 1,4 milhão de soldados, sem contar as vítimas civis. A Alemanha
e Rússia foram igualmente afetadas.
A guerra teve consequências econômicas profundas. Dos
60 milhões de soldados europeus que foram mobilizados entre os anos de 1914 e
1918, 8 milhões foram mortos, 7 milhões foram incapacitados de maneira
permanente e 15 milhões ficaram gravemente feridos. A Alemanha perdeu 15,1% de
sua população masculina ativa, a Áustria-Hungria perdeu 17,1% e a França perdeu
10,5%.
Na Alemanha, as mortes de civis foram
474 mil superiores do que em tempo de paz, em grande parte devido à escassez de
alimentos e desnutrição que enfraqueceu a resistência à doenças. Até o
final da guerra, a fome matou cerca de 100 mil pessoas no Líbano. As estimativas mais confiáveis sobre o número de
vítimas da fome russa de 1921,
apontam a morte de entre 5 e 10 milhões de pessoas.
Por volta de 1922, havia entre 4,5
milhões e 7 milhões de crianças de rua na Rússia, como resultado de quase uma
década de devastações causadas pela Primeira Guerra Mundial, pela Guerra Civil Russa e
pela crise de fome subsequente, entre 1920 e 1922. Muitos russos
anti-soviéticos fugiram do país após a Revolução Russa de 1917;
na década 1930, a cidade chinesa de Harbin,
no norte do país, recebeu 100 mil russos.35 Outros milhares emigraram para a França, Reino Unido e Estados Unidos
1.7- TRATADO DE VERSALHES
Após a guerra, a Conferência de Paz de Paris,
em 1919, impôs uma série de tratados de paz às Potências Centrais,
terminando oficialmente com a guerra. O Tratado de Versalhes de 1919 lidou
com a Alemanha e, com base nos Quatorze Pontos do então presidente estadunidense, Woodrow Wilson, trouxe à existência a Liga das Nações em 28 de
junho de 1919.
O Tratado de Versalhes (1919)
foi um tratado de paz assinado pelas potências europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial.
Após seis meses de negociações, em Paris,
o tratado foi assinado como uma continuação do armistício de Novembro de 1918,
em Compiègne, que tinha posto um fim aos confrontos.1 O
principal ponto do tratado determinava que aAlemanha aceitasse todas as responsabilidades
por causar a guerra e que, sob os termos dos artigos
231-247, fizesse reparações a um certo número de nações da Tríplice Entente.
Os termos impostos à Alemanha incluíam
a perda de uma parte de seu território para um número de nações fronteiriças,
de todas as colônias sobre os oceanos e sobre o continente africano, uma restrição ao tamanho do exército e uma
indenização pelos prejuízos causados durante a guerra. A República de Weimar
também aceitou reconhecer a independência da Áustria. O ministro alemão do exterior, Hermann Müller,
assinou o tratado em 28 de Junho de 1919.1 O
tratado foi ratificado pela Liga das Nações em 10 de Janeiro de 1920.
Na Alemanha o tratado causou choque e humilhação
na população, o que contribuiu para a queda da República de Weimar em 1933 e a ascensão do Nazismo.
No tratado foi criada uma comissão
para determinar a dimensão precisa das reparações que a Alemanha tinha de
pagar. Em1921, este valor foi oficialmente fixado em 33 milhões de
dólares. Os encargos a comportar com este pagamento são frequentemente citados
como a principal causa do fim da República de Weimar e a subida ao poder de Adolf Hitler, o que inevitavelmente levou à eclosão da Segunda Guerra Mundial apenas 20 anos depois da assinatura do
Tratado de Versalhes.
CAPITULO IIº- SEGUNDA
GUERRA MUNDIAL
A segunda guerra mundial é o segundo conflito global, que durou de 1939 a 1945, envolvendo a maioria das nações do mundo, incluindo as grandes potencias, organizados em duas alianças militares opostas: os Aliados e o Eixo.
Foi a guerra mais abrangente da história, com mais de 100 milhões de
militares mobilizados. Em esta de guerra total, os principais envolvidos
dedicaram toda sua capacidade económica, industrial e cientifica a serviço dos
esforços de guerra, deixando de lado a distinção entre civis e militares.
Marcado por números
significantes de ataques contra civis, incluindo o Holocausto e a única vez em
que armas nucleares foram utilizadas em combate, foi o conflito mais letal da
história da humanidade, resultando entre 50 a mais de 70 milhões de mortes.
Considera-se o ponto inicial da guerra como sendo a
invasão da Alemanha contra a Polonia, em 1 de Setembro de 1939 e subsequentes
declarações de guerra contra a Alemanha pela França pela França e pela maioria
dos países do Imperio Britânico. Alguns países já estavam em guerra nesta
época, como Etiópia e o Reino de Italia na segunda guerra. Muitos dos que não
se envolveram inicialmente acabaram aderindo ao conflito em resposta a eventos
como a invasão da União Soviética pelos alemães e os ataques japoneses contra
as forças dos Estados Unidos.
2.1 ANTECEDENTES
O Império Alemão foi dissolvido durante a Revolução Alemã de 1918-1919 e um governo democrático, mais tarde
conhecido comoRepública de Weimar, foi
criado. O período entre-guerras foi marcado pelo conflito entre os
partidários da nova república e de opositores radicais, tanto de direita quanto de esquerda.
Embora a Itália como aliado Entente tenha feito alguns ganhos
territoriais, os nacionalistas do país ficaram irritados com as promessas feitas pelo Reino Unido e França para
garantir a entrada italiana na guerra, que não foram cumpridas com o acordo de
paz.
De 1922 a 1925, o movimento fascista, liderado por Benito Mussolini, tomou o poder na Itália com uma agenda
nacionalista, totalitária e de
colaboração de classes, que aboliu a democracia representativa,
reprimiu os socialistas, a esquerda e as forças liberais, e seguiu uma política externa agressiva destinada a
forjar, através da força, o país como uma potência mundial — um Novo Império Romano.
Adolf Hitler, depois de uma tentativa fracassada de derrubar o
governo alemão em
1923, tornou-se o chanceler da Alemanha em 1933. Ele aboliu a democracia, defendendo uma revisão radical e racista da ordem
mundial, e logo começou uma campanha de rearmamento massivo do país. Enquanto isso, a França, para
assegurar a sua aliança, permitiu que a Itália agisse livremente na Etiópia, país que o governo italiano desejava como uma posse
colonial. A situação se agravou no início de 1935, quando o Território da Bacia do Sarre foi legalmente anexado à Alemanha e
Hitler repudiou o Tratado de Versalhes, acelerando seu programa de rearmamento
e recrutamento.
Na Alemanha, o partido nazista, liderado por Adolf Hitler, procurou estabelecer um Estado nazista no país.
Com o início da Grande Depressão, o apoio
doméstico aos nazistas fortaleceu-se e, em 1933, Hitler foi nomeado chanceler da Alemanha.
Após o incêndio no Palácio do Reichstag,
Hitler conseguiu criar um governo unipartidário e totalitário liderado
pelos nazistas.
2.1- GLOBALIZAÇÃO DA GUERRA
Em 22 de junho de 1941, a Alemanha,
juntamente com outros membros europeus do Eixo e a Finlândia, invadiu a União Soviética na chamada Operação Barbarossa. Os
principais alvos dessa ofensiva surpresa foram
a região do Mar Báltico, Moscou eUcrânia, com o objetivo final de acabar com a campanha de 1941
perto da linha de Arkhangelsk-Astrakhan (linha A-A), que ligava os mares Cáspio e Branco. O objetivo de Hitler era eliminar a União Soviética
como uma potência militar, exterminar ocomunismo, gerar o Lebensraum ("espaço
vital") através da remoção da população nativa117 e
garantir o acesso aos recursos estratégicos necessários para derrotar os rivais
restantes da Alemanha.
Embora o Exército Vermelho estivesse se preparando para contra-ofensivas
estratégicas antes da guerra, a Barbarossa forçou o comando
supremo soviético a
adotar uma defesa estratégica. Durante o verão, o Eixo conquistou partes
significativas do território soviético, causando imensos prejuízos, tanto
material quanto em vidas.
Em meados de agosto, no entanto, o Alto
Comando do Exército alemão decidiu suspender a ofensiva de um já consideravelmente empobrecido Grupo de Exércitos Centro e desviar o 2.º Exército
Panzer para reforçar
as tropas que avançavam em direção à região central da Ucrânia e à Leningrado. A ofensiva de Kiev teve
um sucesso esmagador, resultando no cerco e na eliminação de quatro exércitos
soviéticos, além de tornar possível o avanço na Crimeia e no
industrialmente desenvolvido leste da Ucrânia (Primeira Batalha de Carcóvia).
O desvio de três quartos das tropas do
Eixo e da maioria dos suas forças aéreas da França e do Mediterrâneo central
para a Frente Oriental levou o Reino Unido a
reconsiderar a sua grande estratégia. Em julho, o Reino Unido e a União
Soviética formaram uma aliança militar contra a Alemanha. Os britânicos e os soviéticos invadiram o Irã para garantir o Corredor Persa e
os campos de petróleo iranianos. Em agosto, o Reino Unido e os Estados
Unidos emitiram em conjunto a Carta do Atlântico.
2.2-PARALISAÇÃO DOS AVANÇOS DO EIXO
No início de maio de 1942, o Japão
iniciou as operações para capturar Port Moresby através
de desembarques militares e, assim, cortar as comunicações e
linhas de abastecimento entre os Estados Unidos e a Austrália. Os Aliados, no
entanto, impediram a invasão ao interceptar e derrotar as forças navais
japonesas na Batalha do Mar de Coral. O
próximo plano do Japão, motivado pelo Ataque Doolittle, era conquistar o Atol Midway e
atrair companhias norte-americanas para a batalha para serem eliminadas; como
uma distração, o governo japonês também enviou forças para ocupar as Ilhas Aleutas,
no Alasca. No início de junho, o Império Japonês
colocou suas operações em ação, mas os norte-americanos, por terem decifrado os códigos navais japoneses no final de maio, estavam plenamente
conscientes desses planos e disposições de força e usaram esse conhecimento
para alcançar uma vitória decisiva em Midway sobre
a Marinha Imperial Japonesa.
Com a sua capacidade de ação agressiva
consideravelmente diminuída após a Batalha de Midway, o Japão optou por se
concentrar em uma tentativa tardia de capturar Port Moresby por uma campanha terrestre no Território de Papua. Os americanos planejaram um
contra-ataque contra as posições japonesas no sul das Ilhas Salomão, principalmente em Guadalcanal, como um
primeiro passo para a captura de Rabaul,
a principal base japonesa no Sudeste Asiático.
Ambos os planos começaram em julho,
mas em meados de setembro, a Batalha de Guadalcanal teve prioridade para os japoneses e as
tropas da Nova Guiné foram obrigadas a retirar-se da área de Port Moresby para
a parte norte da ilha, onde
enfrentaram tropas australianas em norte-americanas na Batalha de Buna-Gona.
Guadal canal logo tornou-se um ponto focal para ambos os lados, com o
comparecimento pesado de tropas e navios nessa batalha. Até o início de 1943,
os japoneses iriam ser derrotados na ilha e retirariam suas tropas.
Na Frente Oriental da Alemanha, o Eixo derrotou ofensivas
soviéticas na Península Kerch e
em Kharkov, e, em
seguida, lançou sua ofensiva principal contra
o sul da Rússia em junho de 1942, para aproveitar os campos de petróleo do Cáucaso e ocupar
asestepes de Kuban,
mantendo posições sobre as áreas norte e central da Frente.
Os alemães dividiram o Grupo de Exércitos Sulem
dois: o Grupo de Exércitos A na parte inferior do rio Don e o Grupo de Exércitos B no sudeste do Cáucaso, no rio Volga. Os soviéticos decidiram fazer sua plataforma de
combate em Stalingrado, que estava no caminho dos exércitos alemães que
avançavam
2.3 - ALIADOS GANHAM IMPULSO
Após a Campanha de Guadalcanal,
os Aliados iniciaram várias operações contra o Japão no Pacífico. Em maio de
1943, forças aliadas foram enviadas para eliminar as forças japonesas nas Aleutas. Logo depois começaram as suas
operações principais para isolar Rabaul, através da captura de
ilhas vizinhas e para quebrar o
perímetro Central Japonês do Pacífico nas ilhas Gilbert e Marshall. Até o final de março de 1944, os
Aliados tinham concluído ambos os objetivos, e, adicionalmente, neutralizaram a
principal base japonesa em Truk, nas Ilhas Carolinas. Em abril, as forças aliadas lançaram uma
operação para retomar a Nova Guiné Ocidental.
Na União Soviética, tanto os alemães
quanto os soviéticos passaram a primavera e o início do verão de 1943 fazendo
preparativos para grandes ofensivas na Rússia central. Em 4 de julho de 1943, a
Alemanha atacou as forças soviéticas ao redor de Kursk. Dentro de uma
semana, as forças alemãs tinham se esgotado na luta contra as defesas profundamente
escalonadas e bem construídas dos soviéticos e,
pela primeira vez na guerra, Hitler cancelou a operação antes de ter alcançado
o sucesso tático ou operacional. Esta
decisão foi parcialmente afetada pela invasão dos aliados ocidentais à
Sicília, lançada em 9 de julho e que, combinada com falhas
anteriores dos italianos, resultou na destituição e na prisão de Mussolini no
final daquele mês.
Em 12 de julho de 1943, os soviéticos
lançaram suas próprias contra-ofensivas, afastando assim qualquer esperança de
vitória, ou até mesmo empate, para o exército alemão no leste.
A vitória soviética em Kursk anunciou
a queda de superioridade alemã, dando à União Soviética a iniciativa na Frente
Oriental. Os alemães tentaram
estabilizar sua frente nordeste ao longo da apressadamente fortificada linha
Panther Wotan, no entanto, os soviéticos a romperam em Smolensk e na ofensiva de
Dnieper.
No início de setembro de 1943, os
Aliados ocidentais invadiram a península itálica,
após um armistício com os italianos. A Alemanha respondeu ao desarmar as
forças italianas, tomar o controle militar das áreas até então controladas pela
Itália e ao criar uma série de
linhas defensivas. As forças
especiais alemãs resgataram Mussolini, que
logo em seguida estabeleceu um novo Estado fantoche na Itália ocupada pelos
alemães chamado de República Social Italiana.
Os Aliados ocidentais lutaram por várias frentes até chegar à principal linha
defensiva alemã, em meados de novembro.
As operações alemãs no Atlântico
também sofreram. Em maio de 1943 (Maio Negro), conforme contra-ofensivas aliadas se tornavam
cada vez mais eficazes, as consideráveis perdas resultantes de submarinos
alemães forçaram a suspensão temporária da campanha naval alemã no Atlântico.
Em novembro de 1943, Franklin D. Roosevelt e Winston Churchill se
encontraram com Chiang Kai-shek no Cairo e, depois, com Joseph Stalin em Teerã. A primeira conferência determinou o
recuo do território japonês no pós-guerra, enquanto
a última incluía um acordo de que os Aliados ocidentais invadiriam a Europa em
1944 e de que a União Soviética iria declarar guerra ao Japão dentro de três
meses após a derrota da Alemanha. A
inteligência alemã pôs em prática a malsucedida Operação Long Jump, cujo
objetivo era capturar (ou assassinar) os líderes reunidos em Teerã.
Desde novembro de 1943, durante a
Batalha de Changde, os chineses forçaram o Japão a lutar uma custosa guerra de
atrito, enquanto aguardavam as forças aliadas. Em janeiro de 1944, os Aliados
lançaram uma série de ataques na Itália contra a linha em
Monte Cassino e
tentaram flanquear desembarques em Anzio. Até o final de janeiro, uma grande
ofensiva soviética expulsou as forças alemãs da região de Leningrado,
terminando com o mais longo e letal cerco da história.
A próxima ofensiva soviética foi interrompida
nas fronteiras pré-guerra da Estônia pelo Grupo de Exércitos Norte alemão auxiliado por estonianos que
tinham a esperança de restabelecer a independência nacional. Este
atraso diminuiu as subsequentes operações soviéticas na região do Mar Báltico.
No final de maio de 1944, os
soviéticos tinham libertado a Crimeia, expulsado a maior parte das forças do
Eixo da Ucrânia e feito incursões na Romênia, que foram repelidas pelas tropas
do Eixo.207 As
ofensivas Aliadas na Itália tinha tido sucesso e, às custas de permitir o recuo
de várias divisões alemãs, em 4 de junho Roma foi capturada.
Os Aliados experimentaram sortes
diferentes na Ásia continental. Em março de 1944, os japoneses lançaram a
primeira de duas invasões: uma operação contra as posições britânicas em Assam,
na Índia, e logo cercaram as posições da Commonwealth em Imphal e Kohima. Em maio de 1944, as forças britânicas
montaram uma contra-ofensiva que levou as tropas japonesas de volta para a
Birmâniae as forças chinesas que invadiram o norte da Birmânia no final de 1943
sitiaram as tropas japonesas em Myitkyina. A segunda invasão japonesa tentou destruir as principais forças
de combate da China, proteger as ferrovias entre os territórios ocupados e os
aeroportos Aliados capturados pelo Japão. Em junho, os japoneses tinham
conquistado a província de Henan e começaram um ataque renovado contra Changsha, na província de Hunan.
2.4-COLAPSO DO EIXO E VITÓRIA DOS ALIADOS
Em 16 de Dezembro de 1944, a Alemanha
tentou sua última e desesperada medida para obter sucesso na Frente Ocidental,
usando a maior parte das suas reservas restantes para lançar uma grande contra-ofensiva nas Ardenas para tentar dividir os Aliados
ocidentais, cercar grandes porções de tropas aliadas e tomar a sua porta de
alimentação primária na Antuérpia, com o objetivo de levar a uma solução política.
Em Janeiro, a ofensiva tinha sido
repelida sem cumprir os seus objetivos estratégicos. Na Itália, os Aliados ocidentais
ficaram num impasse na linha defensiva alemã. Em meados de janeiro de 1945, os
soviéticos atacaram na Polônia, movendo-se do Vístula ao rio Oder,
na Alemanha, e invadiram a Prússia Oriental. Em 4 de
fevereiro, os líderes norte-americanos, britânicos e soviéticos se encontraram
na Conferência de Yalta. Eles
concordaram com aocupação da
Alemanha no pós-guerra e
sobre quando a União Soviética iria se juntar à guerra contra o Japão.
Em Fevereiro, os soviéticos invadiram
a Silésia e a Pomerânia, enquanto Aliados
ocidentais entraram na Alemanha Ocidental e aproximaram-se do rio Reno. Em março, os Aliados ocidentais atravessaram o norte
do Reno e o sul do Ruhr, cercando o Grupo de Exércitos B alemão, enquanto os soviéticos
avançaram para Viena.
No início de abril, os Aliados ocidentais finalmente avançaram na Itália e atravessaram
a Alemanha Ocidental, enquanto as forças soviéticas invadiram Berlim no
final de abril; as duas forças encontraram-se no rio Elba em 25
de abril. Em 30 de abril de 1945, o Reichstag foi capturado, simbolizando a derrota
militar do Terceiro Reich.
Várias mudanças de liderança ocorreram
durante este período. Em 12 de abril, o então presidente dos Estados Unidos,
Roosevelt, morreu e foi sucedido por Harry S. Truman. Benito Mussolini foi morto por partisans italianos em 28 de abril. Dois dias depois,Hitler cometeu suicídio e foi sucedido pelo Grande Almirante Karl Dönitz.
Na Itália, a rendição assinada em 29
de abril pelo comando das forças alemãs naquele país, se efetivou em 2 de maio. O tratado de rendição alemão foi
assinado em 7 de maio em Reims e ratificado em 8 de maio em Berlim. O Grupo de Exércitos Centro alemão resistiu em Praga até
o dia 11 de maio.
No Pacífico, as forças estadunidenses
acompanhadas por forças da Comunidade das Filipinasavançaram no território filipino, tomando Leyte até
o final de abril de 1945. Eles desembarcaram em Luzon em
janeiro de 1945 e ocuparam Manila em março, deixando-a em ruínas.
Combates continuaram em Luzon, Mindanao e em
outras ilhas das Filipinas até o final da guerra.
Em maio de 1945, tropas australianas aterraram em
Bornéu. Forças britânicas, estadunidenses e chinesas derrotaram os
japoneses no norte da Birmânia em
março e os britânicos chegaram a Yangon em 3 de maio. Forças estadunidenses também chegam ao
Japão, tomando Iwo Jima em
março e Okinawa até o
final de junho. Bombardeiros
estadunidenses destroem as cidades japonesas e submarinos bloqueiam as
importações do país.
Em 11 de julho, os líderes Aliados se reuniram em Potsdam, na Alemanha.
Lá eles confirmam acordos anteriores sobre a Alemanha e reiteram a exigência de rendição
incondicional de todas as forças japonesas, especificamente afirmando que
"a alternativa para o Japão é a rápida e total destruição. Durante esta conferência, o Reino Unido realizou
a sua eleição geral e Clement Attlee substitui
Churchill como primeiro-ministro.
Como o Japão continuou a ignorar os
termos de Potsdam, os Estados Unidos lançam bombas
atômicas sobre as
cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki em agosto.
Entre as duas bombas, os soviéticos, em conformidade com o acordo de Yalta, invadem a Manchúria, dominada
pelos japoneses e
rapidamente derrotam o Exército de Guangdong, que
era a principal força de combate japonesa.
O Exército Vermelho também captura a ilha Sacalina e as ilhas Curilas. Em 15 de agosto de 1945 o Japão se rende, sendo os documentos de rendição finalmente assinados a bordo do convés
do navio de guerra americano USS Missouri em 2 de setembro de 1945, o que pôs
fim à guerra.
2.5- CONSEQUÊNCIAS DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Os Aliados estabeleceram
administrações de ocupação na Áustria e na Alemanha.
O primeiro se tornou um estado neutro, não alinhado com qualquer bloco político. O
último foi dividido em zonas de ocupação ocidentais e orientais controlada
pelos Aliados Ocidentais e pela União Soviética,
respectivamente. Um programa de "desnazificação" da Alemanha levou à condenação de criminosos de guerra
nazistas e à remoção
de ex-nazistas do poder, ainda que esta política tenha-se alterado para a anistia e a
reintegração dos ex-nazistas na sociedade da Alemanha Ocidental. A Alemanha perdeu um quarto dos seus
territórios pré-guerra (1937); os territórios orientais: Silésia, Neumark e a maior parte da Pomerânia foram
assumidos pela Polônia; a Prússia Oriental foi dividida entre a Polônia e a URSS,
seguida pela expulsão de 9 milhões de alemães dessas províncias, bem como
de 3 milhões de alemães dos Sudetos, na Tchecoslováquia, para a Alemanha. Na década de 1950, um em
cada cinco habitantes da Alemanha Ocidental era um refugiado do leste. A URSS
também assumiu as províncias polonesas a leste da linha Curzon (das
quais 2 milhões de poloneses foram expulsos), leste
da Romênia, e parte
do leste da Finlândia e três países Bálticos.
Em um esforço para manter a paz, os Aliados formaram a Organização das Nações Unidas (ONU), que oficialmente passou a
existir em 24 de outubro de 1945, e
aprovaram a Declaração
Universal dos Direitos Humanos em
1948, como um padrão comum para todos os Estados-membro. A
aliança entre os Aliados Ocidentais e a União Soviética havia começado a deteriorar-se ainda
antes da guerra, a Alemanha havia
sido dividida de facto e dois Estados independentes, a República Federal da Alemanha e a República Democrática Alemã, foram criados dentro das fronteiras
das zonas de ocupação dos Aliados e dos Soviéticos, respectivamente. O resto da Europa também foi dividido em esferas de influência ocidentais e soviéticas. A maioria dos países europeus orientais e centrais ficaram
sob a esfera soviética, o que levou à criação de regimes comunistas, com o apoio total ou parcial das autoridades
soviéticas de ocupação
Como resultado, Polônia, Hungria, Tchecoslováquia, Romênia, Albânia, e a Alemanha Oriental tornaram-se Estados satélite dos
soviéticos. A Iugoslávia
comunista realizou uma
política totalmente independente, o que causou tensão com a URSS.
A divisão pós-guerra do mundo foi
formalizada por duas alianças militares internacionais, a Organização do
Tratado do Atlântico Norte (OTAN),
liderada pelos Estados Unidos, e o Pacto de Varsóvia,
liderado pela União Soviética; o longo período de tensões políticas e
militares proveniente da concorrência entre esses dois grupos, a Guerra Fria, seria acompanhado de uma corrida armamentista sem precedentes e guerras por procuração.
Na Ásia, os Estados Unidos ocuparam o Japão e administraram as antigas ilhas japonesas no Pacífico Ocidental,
enquanto os soviéticos anexaram a ilha Sacalina e as ilhas Curilas. A Coreia,
anteriormente sob o domínio japonês,
foi dividida e ocupada pelos Estados Unidos no Sul e pela União Soviética no Norte entre 1945 e 1948. Repúblicas
separadas então surgiram em ambos os lados do paralelo 38 em
1948, cada uma afirmando ser o governo legítimo de toda a Coreia, o que levou à Guerra da Coreia.
Na China, forças
nacionalistas e comunistas retomaram a guerra civil em junho de 1946. As forças comunistas
foram vitoriosas e estabeleceram a República Popular da China no continente, enquanto as forças
nacionalistas refugiaram-se na ilha de Taiwan em 1949 e
fundaram a República da China. No Oriente Médio, a rejeição árabe ao Plano de Partilha da Palestina da ONU e à criação de Israel,
marcou a escalada do conflito árabe-israelense.
Enquanto as potências coloniais europeias tentaram reter parte ou a totalidade
de seus impérios coloniais, a sua perda de prestígio e de recursos
durante a guerra fracassou seus objetivos, levando à descolonização da Ásia e da África.
A economia mundial sofreu
muito com a guerra, embora os participantes da Segunda Guerra Mundial tenham
sido afetados de forma diferente. Os Estados Unidos emergiram
muito mais ricos do que qualquer outra nação; no país aconteceu o "baby boom" e em 1950 seu produto interno bruto (PIB) per capita era
maior do que o de qualquer outra potência e isso levou-o a dominar a economia
mundial. O Reino Unido e os
Estados Unidos implementaram uma política de desarmamento industrial na
Alemanha Ocidental entre os anos de 1945 e 1948. Devido à interdependência do comércio
internacional, este levou à estagnação da economia europeia e o atraso, em
vários anos, da recuperação do continente.
A recuperação começou com a reforma monetária de meados de 1948 na Alemanha Ocidental e foi acelerada pela liberalização da
política econômica europeia, que o Plano Marshall (1948-1951)
causou tanto direta quanto indiretamente. A recuperação pós-1948 da Alemanha
Ocidental foi chamada de milagre econômico alemão. Além disso, as economias italiana e francesa também se recuperaram. Em
contrapartida, o Reino Unido estava em um estado de ruína econômica e entrou em um relativo declínio
econômico contínuo ao longo de décadas.
A União Soviética, apesar
dos enormes prejuízos humanos e materiais, também experimentou um rápido
aumento da produção no pós-guerra imediato. O Japão passou por um crescimento econômico
incrivelmente rápido, tornando-se uma das economias mais poderosas
do mundo na década de 1980. A China voltou a sua produção industrial de pré-guerra
em 1952
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